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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Meia sem par


Meia sem par
Ontem foi mais um dia daqueles em que tenho vivido desde que ele partiu.
Jantei e logo em seguida fui para área de serviço estender algumas roupas. Minha filha tem me feito companhia, pois percebe que não ando bem.
Comecei a estender as meias no varal, quando ela disse: _ até que enfim! Achei o casal da minha meia.
Era o outro pé da meia dela que eu estava a colocar no varal, pois o outro já estava seco e guardado na gaveta. foi aí que comecei a pensar em mim como uma meia sem par.`
É como me sinto, sou uma meia sem o par. Ainda tenho uma função que é aquecer o pé, mas não em conjunto, sou apenas uma, por isso não estou completa. Me vejo assim sem meu pai.
Como alguém pode sair sem estar com o par de meias completo? Pode até quebrar o galho calçando outra diferente, mas, logo alguém irá perceber que algo está errado.
Algo está errado em mim.
Assim como as mãos precisam dos dedos para serem firmes e segurar as coisas, eu preciso do outro.
Entendo que aprendemos a viver novamente de acordo com as circuntâncias, pois somos os únicos seres a adptar-se em qualquer lugar, mas no momento me sinto uma meia sem o par.
Perdida num cesto de roupas. Sei que vou ficar lá até encontrarem o outro par, caso contrário, serei descartada ou usada para qualquer artesanato.
Seres precisam uns dos outros. Ninguém é completo sozinho. Eu sou um ser extremamente apegado as pessoas, pois acho que cada ser é especial e contribui da sua maneira para o crescimento um do outro.
Tô perdida!
Ele contribui para eu poder estar aqui hoje escrevendo este texto e dizendo como me sinto sem a outra banda da laranja, sem o outro pé de meia...
Agradeço a Deus por ter me concedido viver ao lado deste grande homem que me ensinou tudo que sei e que me completava .
sei que hoje sou um ser incompleto.
" Eu não posso mais ficar aqui a esperar
Que um dia você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
Estou sentado a beira do caminho
que não tem mais fim.
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar
Que eu existo
Que eu existo"(Erasmo Carlos)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cedo ou tarde...


Quando perco a ,
Fico sem controle
E me sinto mal, sem esperança
E ao meu redor,
A inveja vai,
Fazendo as pessoas se odiarem mais.
Me sinto só,
Mas sei que não estou
Pois levo você no pensamento
Meu medo se vai,
Recupero a fé,
E sinto que algum dia ainda vou te ver
Cedo ou Tarde
Cedo ou tarde
A gente vai se encontrar,
Tenho certeza, numa bem melhor.
Sei que quando canto você pode me escutar.
Você me faz querer viver,
E o que é nosso,
Está guardado em mim e em você
E apenas isso basta
Cedo ou tarde
A gente vai se encontrar,
Tenho certeza, numa bem melhor.
Sei que quando canto você pode me escutar.

Carta pra você


Eu tento te esquecer
Mas tudo que eu escrevo
É sobre você
Eu não posso me enganar
Fingir que estou bem
Porque não estou
Preciso de você
Preciso de você
Essa noite
E hoje estou aqui
Só pra te cobrar
O que você disse que iria ser pra sempre
Mais não foi assim
Agora o que me resta
Escrever nessa carta
Pra lembrar
Eu passo tanto tempo só te procurando
Em um outro alguém
Mais não posso me enganar
Sinto sua falta
E ninguém pode ver
Preciso de você
Preciso de você
Essa noite
E hoje estou aqui
Só pra ti cobrar
O que você disse que iria ser pra sempre
Mas não foi assim
Agora o que me resta
Escrever nessa carta
Preciso de você
Pai

segunda-feira, 30 de março de 2009


Tem hora que bate uma tristeza tão grande,Que eu não sei o que fazer e nem pra onde ir.É tanta coisa que eu queria dizer, mas não tem ninguém pra ouvir.E eu choro, sem ninguém ver.Choro por tudo que a gente não teve, por tudo que a gente não realizou, choro porque sei que ainda te amo e você me amou...E ama.Choro por tudo, se assim for preciso. Choro porque sei que ainda te quero, choro por tudo e por tudo lhe digo, te espero, te amo...te amo.Eu choro.Pai, este mês será um mês difícil, pois seria o nosso mês e eu iria acordar com você no telefone cantando pra eu. Seria como sempre o primeiro telefonema do dia e depois dos parabéns você diria: " filha, é o pai "Ano passado eu cantei para o senhor e disse que agora o senhor era um homem "SEX" pelos seus 60 anos. O senhor continua esse homem SEX, meu amigo fiel, meu herói, meu apoio, minha luz na escuridão, meu calor em dias frios, vento que sopra no meu rosto, amor da minha vida por toda eternidade. Sei que o senhor ainda vive e onde quer que o senhor esteja, Feliz Aniversário meu pai. Esteja sempre comigo, pois eu estarei sempre contigo.
Mãe, obrigada pela vida, pelo amor e pela dedicaçãqo com o qual tem me presenteado todos os dias da minha vida. " Toda criança deve saber e não deve se esquecer, não deixar a mamãe sozinha, nem eu , nem você , nem nenhum de nós..."
Mãe, agora somos nós duas nessa celebração que é a vida e onde quer que ele esteja, com certeza celebrará conosco e um dia celebraremos juntos novamente e cantaremos... Muitos anos de vida!!! De vida Eterna!

terça-feira, 17 de março de 2009



Sorrir quando a dor te torturar...

Desculpem pela ausência, mas estava ausente no meu próprio eu.

Sou muito engraçada, as pessoas dizem isto. Mas acho que elas pensam que sou assim o tempo inteiro.

Um dia quando estava vestida de palhaço, uma senhora me disse, você é um palhaço maravilhoso, mas, de olhos tristes. Nunca mais esqueci isto. Acho que ela viu de verdade quem realmente sou. Por fora um turbilhão de alegrias e por dentro um mar de tristezas. Não sei o por que de ser assim, mas eu sou assim.

Sempre sorri, quando na verdade, queria chorar. Acho que a vida me fez assim, aprendi com meus pais essa façanha, pois eles sorriram sempre ao longo desta vida, mesmo quando os problemas pesavam demais sobre seus ombros. E hoje, quando penso em meu pai, tenho o olhar cheio de lágrimas, mas lembro dele com alegria. Afinal, o que é ser feliz. Agora mesmo pensei em uma música do Fagner que começa assim: " Quando penso em você, fecho os olhos de saudades..."

Saudades dos três patetas, da minha infância, do meu pai. Por isso estive ausente. Convivendo com a saudade. A saudade tem me acompanhado todos esses dias, as vezes me deixa derrubada no chão, as vezes me faz olhar o horizonte e apenas lembrar, lembrar..., as vezes ela me faz fugir pra um lugar distante, eu vou correndo pra esse lugar, pois sei que meu pai está lá, mas quando retorno dessa viagem, retorno chorando, por te deixado ele lá, nas minhas lembranças. Sei que as lembranças estão em meu interior. Como chegar ao meu interior? Meditando? Será?

Mas estas lembranças são coisas que ocorreram e não se atualizam. Queria saber como ele está hoje, se comeu e ficou com vontade de comer uma manga, se a barba cresceu ou se ele tirou porque está calor, se ele ainda está com aquela dor na perna, se conseguiu encontrar as peças pra Rural dele...

Por que as lembranças são fatos ocorridos e não fatos presentes? Por isso volto das lembranças sempre chorando.

Bem, a Cláudia que todo mundo conhece, é desbocada, falo de sexo até com a avó, brinca de rolar no chão com os sobrinhos, ama os cachorros, prefere comer no quilo ao invés do restaurante granfino, é palhaça, chora quando tem que chorar e agora está chorando constantemente.

Acho que é assim, os três patetas choram, os trapalhões choram, casseta e planeta choram, Tiririca chora , seu Fernando chorou e eu choro por ele.

Até quando? Até o dia em que vier o motivo pelo qual ele sempre me fez sorrir.

O dia em que ele voltar a existir pra eu novamente.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Cedo demais...

Cedo Demais...

É tão estranho, os bons morrem jovens!Assim parece ser quando me lembro de você. Que acabou indo embora cedo demais...Eu continuo aqui com meu trabalho e meus amigos, E me lembro de você em dias assim:Um dia de chuva, um dia de sol. E o que sinto eu não sei dizer...Era assim todo dia de tarde, a descoberta da amizade. Até a próxima vez. É tão estranho, os bons morrem antes! Me lembro de você e de tanta gente Que se foi cedo demais... E cedo demais eu aprendi a ter tudo que sempre quis Só não aprendi a perder Mas perdemos você Cedo demais...
Renato Russo
Meu querido e amado Pai
Tenho chorado todos os dias de tanta saudade. Tento explicar em palavras para as pessoas o que acontece comigo quando penso no senhor, mas elas não compreendem. Sei meu Pai, que com certeza você me compreenderia e mesmo que não concordasse comigo, tenho certeza que me abraçaria e beijaria minha cabeça e ficaria ali me confortando assim como sempre fez. Meu pai, quando penso em ti, meu coração acelera, tenho medo, falta de ar e desespero. Me sinto uma criança perdida no meio da multidão. Sabe meu Pai, eu sempre te amei. Em todos os momentos em que você viveu para nós, eu te amei. Te amei quando chegava do trabalho naquele caminhão, todo sujo de óleo diesel e sempre com aquela força de um cara valente. Te amei mesmo quando chegava em casa trocando as pernas de tão embriagado. Te amei quando me colocou de castigo. Te amei quando foi severo comigo e também te amei quando defendeu aquele cavalo que estava sendo surrado pelo seu dono na rua de nossa casa. Sabe pai, te amei quando você me levou na escola e me comprou um doce e pediu para não dizer pra mamãe. Te amei quando me levou no cinema para ver os trapalhões, quando me levou no parquinho lá na Av. Amador Bueno, amei todos os passeios. Te amei quando dançou comigo todos os forrós da vida, não encontrarei jamais outro dançarino igual. Te amei meu pai quando me contou piadas. Te amei por me incentivar a fazer faculdade e sempre querer o melhor pra eu. Amei aprender a gostar dos animais junto à você. Te amei por entrar comigo na igreja e me entregar nas mãos do meu marido. Te amei quando estava comigo em todas as minhas conquistas. Te amai por ser o avô maravilhoso que foi pra minha filha e todos os netos. Te amei por ter me acompanhado no trabalho fazendo entregas e me levado por caminhos onde jamais havia andado . Te amei por ter me ajudado na manutenção da minha casa e te amei pelo caminho de pedrinhas que fez no meu jardim. PAI QUERIDO, EU TE AMEI por ter me permitido cantar pra você naquele hospital onde ali você se encontrava nas suas últimas horas de vida, PAI, EU TE AMO E SEMPRE TE AMAREI, e um dia nos encontraremos e daremos aquele abraço apertado e mataremos toda essa saudade que está doendo aqui em meu peito. Esteja sempre comigo e eu sempre estarei contigo.
De sua filha Cláudia Souza de Oliveira

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Somente Hoje

Somente hoje...
Hoje a luz do presente dia como este dia em toda minha vida, terás este somente.
Recorda isso e atende todo bem que desejes fazer. Prestação de serviço em socorro de alguém, atenção no dever, Felicidade, Paz, Esperança e Carinho. Que aspires a plantar em lances do caminho, alegria, favor, dádiva que pretendas ofertar. Relações que precisas recompor, gentilezas no lar, trabalho mais singelo e aquele que mais custe revisão, reajuste corrigida, perdão. Provas de estima e consideração, apoio espiritual em simples frases nas tarefas que abraces e abençoe que nada disso atrase, nem deixes que fazer pra depois, porque o tempo não volta. Contando sempre aquilo que se fez .
E dia igual a hoje só terás uma vez.

Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Nosso maior tesouro


Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo sabendo que as rosas não falam...
Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro poderá não ser tão alegre...
Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é em muitos momentos dolorosa...
Que eu não perca os grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles podem acabar indo embora de nossas vidas.
Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer ou retribuir.
Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...
Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que as pessoas que eu amo, podem não sentir o mesmo sentimento por mim.
Que eu não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo poderão escurecer meus olhos.
Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...
Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas...
Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo correndo o risco de ser o prejudicado.
Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma.
Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes poderá me exigir esforços incríveis para manter a sua harmonia...
Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e rejeitado...
Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno e acima de tudo, que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente e que um grão de alegria e esperança dentro de cada um de nós, é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a vida é construída nos sonhos e concretizada no amor.
Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Deus nos dá sinais, mas não somos sábios para entender


13/11/08
Tem alguma coisa aqui dentro me dando um aperto

Esse mês, essa semana, esse dia, estou com um aperto no meu coração. É como a foto desse cartaz do filme central do Brasil, eu querendo colo, querendo carinho. Mas não aquela simples passada de mão em meu cabelo, eu quero alguém que me escute com atenção e que se não tiver nada pra dizer, que apenas fique ao meu lado sentindo meu coração bater.
Tenho saudades da minha infância, saudades dos dias na casa dos meus pais, pois mais simples e modesta que a vida fosse, tinha um ambiente de amor cultivado pelo carinho que vinha através das mãos de minha mãe.
Minha mãe fazia nossos pijamas de flanela, ela mesma costurava com uma máquina que ganhou de seu pai quando era criança. Ela fazia as cortinas de casa, nossos lençóis, nossos vestidinhos e ainda as roupinhas de bonecas. Meu pai , um caminhoneiro que corria o Brasil para trazer o sustento pra casa e conseguiu realizar o que ele não conquistou pra si, ele formou os três filhos na faculdade, e isso no tempo em que faculdade era coisa de filho de rico, pois ainda não existia o prouni e nem essas faculdades baratinhas.
Acho que tenho saudades de tudo. Do bolo da minha mãe, do abraço do meu pai, da sopa quente em dias frios, do convívio com meus irmãos.
Tem alguma coisa aqui dentro me dando um aperto . A calmaria, o remédio não está aqui em minha casa, ficou lá, na casa da minha mãe.
Acho que aqui em casa, eles não conhecem a verdadeira pessoa que existe em mim, por isso que eles não me dão o remédio que eu preciso.
Estou auto medicando meu interior passeando por blogs com paisagens distantes e histórias de pessoas que não conheço, mas me encontro nesses meus passeios.
Enquanto o remédio não vem, eu vivo!
Dia 13 de Novembro, eu amanheci com uma angústia, uma dor forte no peito, uma sensação igual aquela que sentimos no dia de fazer alguma prova, então eu telefonei pra minha mãe e disse : _ Mãe, eu com angústia, tenho a sensação de que algo muito ruim está para acontecer com nossa família . E então chorei e minha mãe logo pensou que algo fosse acontecer com minha irmã ou meu irmão no trânsito de São Paulo. Minha mãe pediu para que eu rezasse e ficasse bem.
Fui então para o escritório e comecei a escrever no meu blog este texto acima com o título : " Tem alguma coisa aqui dentro me dando um aperto". Escolhi a foto do filme Central do Brasil, pois a personagem Dora, vivida pela atriz Fernanda Montenegro, leva a criança ao encontro de seu pai. Pois bem, digitei o texto e publiquei. Dias depois ao reler o texto, achei que o texto iria mostrar as pessoas que eu era uma pessoa extremamente carente e talvez imatura, então joguei o texto para o rascunho.
Pois bem, dias se passaram, meu marido escolheu a data da confraternização da empresa para dia 13 de Dezembro, eu então disse à ele que esta data era triste, ele pensou que era bobagem e disse que era a melhor data.
Mas o destino está aí, dia 13 de Dezembro, um mês depois da publicação do meu texto (13 de Novembro), foi a última vez que estive com meu pai. Meu pai faleceu na virada do dia 13 para o dia 14 de Dezembro e me deixou o aperto aqui dentro do meu peito. Todos aqueles que tiverem um pouco de sensibilidade, poderão ver que esse texto expressa talvez uma premunição dos fatos que iriam acontecer na virada do dia 13 para o dia 14 de Dezembro.
Acho que Deus me mandou a notícia, mas eu com minha pouca sabedoria, não pude entender o que Deus me disse. Hoje eu escuto meu coração, pois sei que Deus me manda sinais.
Obrigada a todos que de alguma forma confortaram minha família e também a todos do Hospital Santa Marcelina do bairro de Itaquera - São Paulo, agradeço desde o pessoal da portaria, limpeza, auxiliares de enfermagem, equipe médica e principalmente as Irmãs Marcelinas que souberam dizer a palavra certa nos momentos de dor.