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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Eu voltei...

Tanto tempo já passou e eu resolvi voltar aqui no Blog. Talvez eu tenha dado um tempo ou talvez não tenha é me dado tempo. Dei tempo para outras coisas e não me dei tempo.
Acho que é isto que vem acontecendo com todas as pessoas no mundo: Estamos deixando o tempo passar e quando vimos ele já se foi e nem sequer valorizamos cada minuto que esse tempo nos deu.
Cheguei aos 42 este ano...
As coisas começaram mudar agora. As luzes que fazia no cabelo, já não adiantam por si só; é preciso retocar a raiz pois os brancos chegaram...; de mansinho, mas chegaram.
Comecei a retocar assim: Primeiro a Avenida principal( Que é a risca do meio do cabelo), depois as perimetrais (contorno do rosto) e deixei assim. Não cheguei nem entrar nas vilas do meio, pois daria muito trabalho. Isso seria exigir muito para que eu aceitasse que a idade bateu na minha porta.
Minha filha prestes a fazer 17 anos e ingressar na faculdade e eu prestes a ter um colapso! Um colapso sim!
Já tive 17 e sei bem como funciona para nós mocinhas. Não vou começar falando do meu tempo, porque o meu tempo é hoje. Pois estou viva.Vou falar assim: No Passado, as moças se valorizavam mais. Agora a casa caiu literalmente.
Olha, tô chegando aqui de mansinho, então vocês devem compreender que vou escrever na medida do possível.
Acho que estou outono.




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dúvidas e Mudanças




Agora nesse exato momento estou aqui cheia de dúvidas, mas querendo mudar. Dúvidas sobre as dores que sinto pelo corpo, mas querendo mudar a forma dele, sair de uns quilinhos a mais, para caber na calça preferida. dúvidas sobre como melhorar meu jardim, se acrescento ou retiro algumas plantas? Dúvida, se vou sábado no perseverança esperar uma psicografia do meu pai, ou se rezo por ele onde eu estiver e mentalizo luz em seu caminho? Dúvidas se estou educando minha filha direito ou se já fiz um estrago total????????


Olha, já vou logo dizendo a quem está lendo: Se encontrar algum erro de português, quer seja de gramática ou apenas alguma letrinha que esqueci...Já peço perdão, mas se eu voltar para arrumar alguma coisa, eu mudo o contexto da idéia ou o foco, seja lá como for, eu mudo tudo ou me perco no caminho. Vamos lá...


Dúvidas eu tenho desde os tempos de criança em que morava lá na rua Atuaí no bairro da Penha, Vila Esperança. Eram tantas dúvidas e quase sempre sem respostas. Esse blog mesmo, retrata minhas dúvidas como diz na música do Martinho da Vila :" Não sei se eu vou, não sei se eu fico. Se eu fico aqui, se eu fico lá. Se eu estou lá, tenho vir, se estou aqui eu tenho que voltar....."


É, sou bem assim. Mas não fico na indecisão. Eu decido e sigo em frente, mesmo correndo alguns riscos.


Mas chega das dúvidas, senão hoje não termino. Vamos as mudanças: Primeiro que esse blog está cheio de saudades! eu sempre tenho saudades. Acho que todos vivemos de saudades. Sim. todos nós. Pois temos saudades de cheiros, de pessoas, de bichinhos de estimação, de colegas da escola, de uma música do passado, da coleção de figurinhas, de uma roupa que usamos até rasgar, do bolo da mamãe, das piadas do vovô, das mentiras contadas e das gargalhadas que elas causavam. Temos e vivemos de saudades. É ela quem nos empurra para o dia seguinte. As vezes a saudade não dá para matar. Ninguém mata a saudade, pois aquele momento é único e não volta. Se acontecer outro momento, será outro dia para relembrar e sentir saudade, mas nunca será o mesmo. então, que essa saudade que sinto do meu pai, se transforme em algo produtivo. Meu pai gostava de doce de banana feito pela minha mãe. Pois bem, qualquer dia desses eu esqueço a dieta e como até dizer chega! Essa será minha atitude: Mudança - Mudar a maneira de dizer o quanto amo e sinto sua falta. Não preciso de muito pra mudar e ser feliz: Vou recontar as mentiras engraçadas do meu avô, vou fazer os passeios que meu pai sonhava em fazer, vou parar de gastar o meu dinheiro com coisas que não preciso para mostrar para pessoas que não conheço e vou ser feliz aproveitando cada momento, especialmente esse aqui em que estou sentada digitando esse besteirol. Mas esse é meu momento e amanhã se eu me arrepender do que eu escrevi ou tiver dúvidas se era isso mesmo, eu escrevo outra coisa e pronto. Bem, a vida é feita de mudanças: Nasci sem dente, depois veio os dentes de leite, depois os permanentes e já estão chegando os implantes. Olha só! É a boca mudando. Eu mamava, depois passei a comer, depois tinha vontade de comer coisas, mas não podia comprar essas coisas, agora posso comprar, mas não posso comer. rsrsrsrsrs. Dúvidas e mudanças fazem parte da nossa evolução.

Acho que te amava, agora acho que te odeio, são tudo pequenas coisas e tudo deve passar...

Acho que gosto de São paulo, gosto de São João, gosto de são Francisco e de São Sebastião e eu gosto de meninos e meninas, gosto de cachorros, gosto de coelhos, gosto de galinhas, gosto de churrasco, gosto de salada, mas amanhã estou em jejum.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Amar é...

Então...
Sempre desconfiei das historinhas de contos de fada em que ouvia na minha infância. Primeiro porque história era escrita com "E" se fosse inventada e com "H" se fosse verídica. É vero! Já dava pra ter uma noção de que não era verdade mesmo a estória do príncipe encantado.
Pois bem, não sei quem coloca em nossa cabecinha feminina que toda mocinha tem seu príncipe. Pura balela! O da Princesa Daiana era mesmo um Sapão!
O que existe na verdade é um monte de Homem Cueca! como na propaganda da Sky em que o marido pede para Gisele Bundchen, na qual interpreta uma Amélia (Dona de casa) que lhe traga uma cerveja. Detalhe...- a moça está esfregando o chão e o safado, folgado, vagaba, pingaiado, barrigudo, peidorreiro e etc, está com a buzanfa no sofá assistindo outros Homens Cuecas correndo atrás de uma bola. PARE!!! ATÉ QUANDO?
MÃE, BENDITA HORA EM QUE ACREDITEI NA BELA ADORMECIDA, NA BRANCA DE NEVE, NA RAPUNZEL...o que existe mesmo é o SHEREK.
e esse aí ainda é um fofo, ajuda Fiona cuidar das crianças. No mais, todos não passam de Homens Cueca.
Dia desses declarei todas as frase de " amar é..."
...lógicamente eu esperava o "Retorno de Jedi", mas nem a frase de GHOST' dita por Patrick Swayze (IDEM) eu escutei, nem sinal de algum barulhinho ou retorno do eco da minha voz.
Mas obtive de forma documentada em cartório a seguinte frase: "Cada um ama do seu jeito!"
Pobre mal amados! Já inventaram até um jeito para definir, ou por que não o substantivo(palavra que dá nome ao ser) "Mal amados" - ver.: Amado do jeito que lhe atribuirem as migalhas, o restinho, as sobras, etc etc etc.
Bem, acho que todo ser na face da Terra e fora dela, quer ser amado e do jeito mais especial do mundo. Amado infinitamente e profundamente! Amado sinceramente! Amado loucamente!
Agora, como diz a música: " Eu peço somente...O que eu puder dar...Por que eu sei que é amor"
Como eu amo intensamente, eu peço o que eu dei, um amor intenso.
Meninas! Homem Cueca não Ama. apenas Come e dorme. Ah! Ronca e solta pum.
Meninas! Muito rímel, gloss, perfume gostoso que a gente vai pra galera!!!!!
Lógicamente que longe de Homem Cueca, POIS CADA UM TEM SEU JEITO DE AMAR.
Mamãe, não existe contos de fadas.
Faz me rir!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A história das coisas



Infelizmente!
É muito triste, mas o ser humano é classifcado em importante e sem importância. O importante é aquele que adquire muitas coisas, objetos, imóveis, veículos etc, etc e etc. Com isso, quanto mais ele consome, mais ele descarta, pois sempre pode consumir algo ainda melhor e mais novo. No entanto, aquele que nada adquire, pois não tem poder de compra, ele não gera muito lixo e sim sobrevive dele e esse indivíduo que pouco consome, é o de nenhuma importância, pois valemos pelo que consumimos!
Fazemos parte de um mundo formado por robôs que seguem as regras de cobranças de uma sociedade completamente pirada! Falei sobre a mudança do mundo em post anterior, citei como era diferente minha infância da que vejo agora. O pior é que a humanidade inteira está ligada a esse processo dessa história das coisas.
Reflita, mas cuidado pra não ficar louco!
Pois toda pessoa que reflete e tenta melhorar o mundo, é chamado de esquizofrenico ou maluco beleza.
Até breve
Cacau

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dia do Meu Pai





Está chegando o Dia dos Pais e eu só na saudade do meu pai. Fico lembrando de quando era criança, vivemos tantas coisas juntos que é só fechar os meus olhos eu volto no tempo e consigo até sentir o cheiro daquele momento.



Tenho tantas histórias engraçadas, pois assim como eu, meu pai era muito engraçado. Autor de várias músicas que faziam o povo chorar e molhar as calças de tanto rir! Meu pai dizia que que tinha uma tia que quando comprava uma garrafa de refrigerante, conseguia fazer uma multiplicação, pois eram tantos meninos em casa, que a tia fazia o milagre da multiplicação. ela colocava água na bebida e conseguia que um litro fossem 2 litros.

Quando a gente era criança e ficava chorando, meu pai dizia: Tá chorando por que menina? Para de chorar senão você vai apanhar pra comer merda e depois vai apanhar pra saber que perda não se come.

Então a gente parava de chorar e caía na risada.

Também tinha aquele dia que ele dizia: Domingo vou levar vocês na sorveteria para ver os meninos tomarem sorvete. Mas é só pra ver! rsrsrsrs

"Meu pai era engraçado! Tanto quanto Charles Chaplin, tanto quanto Didi Mocó Colesterol Novalgina Mufumbu.

Certa noite na rua de casa, meu pai avistou seu colega de boteco o "Bigode". Bigode descia a ladeira tombando de bêbado, vestido de uma calça de tergal branca e um terno bege de sujeira, ele vinha cantando alto pelo caminho e já era madrugada, mas seu Bigode vinha como um boêmio todo cantante...foi quando o Bigode cantou: " Noite allllta, Céu risoooonho... e meu pai que estava escondido na sacada de casa gritou: "Vai pra casa senvergooonho". Seu Bigode então ficou a procura de quem teria sido o sujeito que disse isso pra ele. Meu pai logo ficou escondido observando seu Bigode entrar em casa. Parecia coisa de criança!

Como diz meu sobrinho: "Nas vezes" meu pai era legal. Nas vezes era bravo! Ele não precisava nem dar palmada, apenas um olhar e logo eu fazia pi pi pi pi igual o Chaves, começava chorar. Isso chamava-se respeito. Respeito que hoje ninguém tem por ninguém. Mas meu pai tinha o nosso respeito.

Certa vez eu e meu irmão, fomos com meu pai na casa de um amigo dele, o Sr. Cecílio que era casado com a Dona Rosa. Eles deixaram eu e meu irmão com a Dona Rosa e foram resolver coisas do caminhão. A Dona Rosa não tinha filhos e por isso gostava muito de ficar conversando com a gente. Na cozinha da Dona Rosa, eu avistei pendurado um monte de linguiça que parecia salame. hum SALAME!, dá até água na boca, eu só havia provado salame uma única vez na casa do meu vô e nem sabia o nome da iguaria, mas nunca esqueci do sabor. Então eu disse pra Dona Rosa: - Dona Rosa, eu quero um pedaço daquilo. / E ela então perguntou: - Ah Claudinha! você gosta de chouriço? Não sabia que você gostava de chouriço./ Eu então falei bem baixinho no ouvido do meu irmão: "CHOURIÇO"? ela tá dizendo que é chouriço só pra não dar pra gente.

Quando era criança e os adultos não queriam que a gente soubesse de alguma ,coisa falavam assim: A gente perguntava: O que é isso? É chouriço. Alguns até completavam: Pra comer no teu serviço!

Então eu pensei que a dona Rosa não queria dar um pedacinho do tal salame e então disse que era chouriço, pois chouriço era tudo que não era da nossa conta ou não era do interesse. ( Você sabe o que é caviar? Nunca vi, nem comi eu só ouço falar).Pois bem, eu ainda disse que queria um pedaço bem grande daquele chouriço: Dona Rosa, então eu quero chouriço e um pedaço bem grande. e ela disse: então tá bem, vou partir. Quando eu mordi o chouriço com tanta vontade, saiu até água dos meus olhos! Tinha um gosto horrível, deu vontade de vomitar. tentei dar para o meu irmão comer e ele disse bem feito, coma tudo sozinha seu olho grande! E eu fiquei ali, olhando de um lado para o outro a procura de um lixinho, mas o lixo até se escondeu de mim e eu disse: Dona rosa, eu tô cheia de comer chouriço, não quero mais não. Ela então caiu na risada e quando meu pai chegou com o Sr. Cecílio ela contou a história. Meu pai sorriu pra ela e me olhou bem sério sem dizer nada pra mim. Disse apenas pra Dona Rosa que criança é terrível mesmo e se desculpou pela minha atitude. Quando subi no caminhão, já vi que a cinta ía correr solta, mas meu pai apontou o dedo indicador na frente dos lábios como sinal de silêncio e disse: CALADA! quando chegar em casa conversamos. No caminho meu pai até esqueceu. Mas eu não. O gosto do chouriço ficou amargando na minha garganta. Foi pior que uma chibatada.Eu era uma comilância mesmo. Minha mãe dizia que eu era um bojãozinho saltitante.

É pai, a vida do seu lado foi muito muito legal! Morremos de rir, morremos de chorar, brincamos sem precisar de brinquedo algum, comemos o melhor sanduíche de pão com manteiga e açúcar... e "É por essas e outras, que a minha saudade faz lembrar, de tudo outra vez" " Pra você pai fica a canção que diz: Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi".

Meu pai partiu em dezembro de 2008 vítima das consequências do alcoolismo. Quanta risadas a mais daríamos juntos? Quantas histórias do arco da velha ele ainda iria me contar? Mas enfim...álcool não é droga, vende na padaria, no supermercado, na porta do colégio. Alcoolismo não é doença! Doença é quando a pessoa que rouba os cofres públicos é denunciado e logo pede exoneração do cargo alegando problemas psiquiátricos e de saúde. Lembro uma vez que tive que me humilhar para um psicóloga recém formada, para que ela mantivesse meu pai em tratamento na clínica ou ele poderia morrer na rua. Ela com um olhar sem dó nem piedade nos ignorou , levantou-se e saiu dizendo que ali não era hotel, que procuramos tratamento tarde demais, que a culpa era nossa e sumiu pelo corredor da clínica.

Com certeza essa doutora nunca passou pelo sofrimento que passa o familiar do alcoólatra. Com certeza essa doutora não serve para lidar com o próximo. E com certeza essa doutora não é doutora. Doutora é patamar, doutora tem sabedoria, doutora tem dignidade, doutora é diploma oferecido pelo dom de Deus! Ou talvez essa doutora fez isso porque não tinha pai. Mas eu tinha pai e queria salvá-lo desse sofrimento, pois ele apesar de alcoólatra era meu pai, o escolhido por Deus para ser responsável por mim. Mas naquele momento eu era responsável por ele e teria que fazer o melhor, pois ele sempre quis o melhor pra mim. e o melhor pra mim era salvar meu pai.

Meu pai foi vítima, eu fui vítima, somos vítimas.

Pai Feliz Dias onde quer que esteja, estais vivo dentro de mim.

"Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma das outras".



A Oração da Serenidade foi escrita pelo teólogo protestante Reinhold Niebuhr que viveu de 1892 até 1971 e trabalhava no Union Theological Seminary, nos Estados Unidos da América.
É utilizada por grupos de ajuda mútua, tais como Alcoólicos Anônimos e Neuróticos Anônimos, representando uma síntese dos esforços que devemos desenvolver para vencermos a nós próprios e aprendermos a exercer nossa vontade.


Bença pai...Deus te abençoe filha.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que é que há? O que está se passando com a minha cabeça?





Bem...estou de volta, falta tempo! Embora não tenha postado nada ultimamente, não tenho deixado de pensar em tanta coisa que poderia estar escrevendo, pois aqui é como se fosse meu divã. Eu sento de frente para a tela e começo a desabafar e escrever. Mas olha, saibam que eu não leio nada para conferir depois de postar, senão eu acabo mudando o contexto e acho que o que vale é aquilo que sai da alma no momento em que estou escrevendo, pois estou pensando e registrando meus pensamentos.

Pois bem, ontem a noite comecei a pensar sobre tudo que vem acontecendo nesse mundo, está ficando tudo descontrolado e eu que sou de carne e osso, temo por tudo isso. O mundo está bagunçado com tudo fora do lugar, é como se fosse uma casa onde a pia está cheia de louças sujas, na sala tem sapatos e roupas espalhados pelo chão, no banheiro o lixinho está transbordando, na área de serviço o tanque está lotado de roupas sujas e no quintal os cachorros estão famintos em meio a sujeira. Essa é a minha visão de bagunça geral. E aí, nessa casa encontram-se os distintos moradores no sofá, engordando o bucho de hamburguer com cerveja em meio a fumaça dos cigarros e assistindo televisão. -Quem se habilita a arrumar essa bagunça? Ninguém responde. Os habitantes desse lugar acostumaram com toda essa bagunça, por isso acham tudo normal! - A quem discorde da situação, mas sem força de voz, pois a resposta, é que a oposição a toda essa bagunça, está errada, desatualizada, dizem que os tempos são outros e que devemos matar e depois ir ao cinema. Normal, normal, normal!!!! E assim a vida segue.

A vida de quem? Porque a de muitos seres corretos, incapazes de matar um mosquito, de jogar um papelzinho de bala na calçada, de abandonar sequer m cachorrinho na rua, de pegar a vaga dos idosos no estacionamento, de cobiçar a mulher do próximo, de furar a fila no brinquedo no parque de diversão e por aí vai... a vida desse homem de bem, desse CIDADÃO com letra maiúscula, a vida desse CIDADÃO não segue. Sabem por que? Porque ele morreu, ou vai morrer, ou vai ver alguém da família dele morrer ou sofre injustiça e ainda mais, se esse CIDADÃO com letra maiúscula de dignidade não for famoso, não tiver nome estrangeiro ou digo mais, se esse CIDADÃO não tiver com as indumentárias da última coleção do Fashion Week...Ah coitado! Ele simplesmente será mais um que morreeeeeeeeeeeeeeeeeeeu!

Agora eu e Renato Russo perguntamos: A culpa é de quem? A culpa é de quem?

Ná música ele diz: Eu canto em português errado. ( Acho que ele queria dizer que a educação básica daqui é e será sempre precária. Enquanto no sertão e nas dezenas de cidadezinhas esquecidas por aí, encontramos crianças tentando buscar algum conhecimetno estudando num chão de terra, andando léguas para aprender o que dizia a música do Luiz Gonzaga " Lá no meu sertão, pro caboclo ler, tem que aprender outro ABC", enquanto os caboclos lutam para sequer saber escrever o nome que por sinal é nome estrangeiro (Washington), o nosso país vai enviar estudantes para estudar fora. Que chique bem! Chique por demais! Quem serão os felizardos? Serão os pobres caboclos? Será que Herculano Quintanilha saberia me dizer? Diga mestre. Quem irá para a terra do tio San? Eu penso que serão os nossos amigos universitários, que não pisam em chão de terra, mas sim em chão de mármore. A idéia é, os bonitinhos felizardos pegam o aviãozinho e descem na terra prometida, lá alimentam-se de todo conhecimento e depois...depois...depois...



"Cadê você? que nunca mais apareceu aqui, que não voltou pra me fazer sorrir, que nem ligou!"


Pois é minha gente, engordamos o boi para servir de banquete em outra festa.

Ainda citando o meu pensamento com a música do meu eterno poeta Renato Russo, cito outro trecho da música : Acho que o imperfeito, não participa do passado, troco as pessoas, troco os pronomes...são tudo pequenas coisas e tudo deve passar... ( O mundo tá assim: Quem é do passado como eu, exatamente da geração X, nascida em décadas anteriores a 80, não se encaixam no imperfeito que não participa do passado, pois pessoas da minha geração e das anteriores a minha, só passavam de ano se realmente soubessem ler e escrever, eu até hoje estou aprendendo, já que a ortografia vive mudando e agora a que prevalece é a dos vlw ou :>) , nem eu e nem Jesus saberia entender esse tipo de escrita, mas por aqui entende-se que o sujeito está apto a ser aprovado e concorrer por uma vaga no prouni. - Trocar as pessoas significa: " Hoje eu fico com fulano na balada, amanhã tô com outro fulano, meu nome é André Gurgel (personagem da novela do plim plim). - São tudo pequenas coisas e tudo deve passar ( Deve passar sim, pois até uva passa. Pois tudo passa, tudo passará. E nada fica, nada ficará...).

Gente, o mundo gira sim, mas a rotação deve ser sempre pra algo novo, e o novo já entende-se por algo bom, algo melhor, melhor do que ontem, melhor do que hoje, melhor que amanhã, esperamos dias melhores e não esse circo.)A culpa é de quem? A culpa é de quem? De quem? A culpa é minha, a culpa é tua, a culpa é nossa? Eu não, nem eu, eu também...

Do governo? Da internet? Da nova geração? Eu tenho a resposta sobre a minha visão no meu mundinho. A culpa é de quem troca o lápis e caderno e escolhe o teclado, a culpa é de quem esquece o romantismo da música que dizia: Se você quer se minha namorada..., e escolhe as músicas preparadas e popozudas do funk; a culpa é de quem diz que se dar bem na vida é quando vira jogador de futebol ou quando consegue casar com um deles ou participar da fazenda ou do big brother, a culpa é da progressão continuada, a culpa é de quem disse que o ideal é vestir 38, barriga colada nas costas, bumbu melancia, peito balão de festa, boca Angelina Jolie e cabelo Pocahontas, a culpa é de quem esqueceu o carteiro e preferiu o e-mail, a culpa e de quem já não tem album de fotos guardados na caixa de sapatos e sim no computador, a culpa é de quem não ensinou o filho a pedir a benção, não ensinou palavrinhas mágicas como: com licença, por favor, obrigado, me perdoe, bom dia! A culpa é minha que não tenho mais diário guardado no criado que era mudo e agora meu diário é virtual e meu criado agora fala.


O mundo mudou e isso me assusta, pois eu sou saudosista (como eles dizem).

Quando eu era pequenina eu era assim, eu era assim: Melissa era uma sandália de plástico que passava no comercial de TV na qual tinha uma menina ruivinha que mostrava sua melissinha. Eu logo sonhava em ganhar a minha, e isso era conquistado com notas boas e bom comportamento. Hoje Melissa é sapato de grife, onde quem tem acesso nem precisa tirar notas boas e nem ter bom comportamento. Sabem aquelas sandálias que pobre usava? sim aquelas de dedo que não soltavam as tiras.Hoje tem até loja no shopping com diversas cores. E tudo isso porque algum gringo veio aqui, gostou, comprou, apareceu na praia calçando um par das maravilhosas sandálias na cor branca. E daí? daí é que pobre agora só usa imitação. Minha mãe falou que açúcar mascavo que é a tal da rapadura em pó, era açúcar de pobre, agora faz parte da alimentação saudável de rico, pois um pacote custa o olho da cara! Primeiro beijo não existe mais, namoro no portão não pode, pois o ladrão vem e rende todo mundo e faz a limpa dentro de casa. Ir a biblioteca pra fazer trabalho escolar já era. Agora a moda é copiar, colar e imprimir. Cabelo duro só na música, agora existe escova progressiva. Vinil, CD...sumiu, a onda é baixar e levar no pen drive. Prender o bandido, só se tiver flagrante, agora não paga pensão pra ver!


E o concurso de miss? a beleza era a que Deus esculpiu, hoje, o bisturi resolve isso e o que era feio ficou belo com prótese, lipo, tira uma costela aqui, outra ali, aplica um botox e um megahair e está pronto e definido o padrão de beleza que se espera das moiçolas. E tudo isso pra que? Pra viver de ilusão.


Termino meu comentário, deixando o discurso final de Charles Chaplin no filme o Grande ditador



"Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."




Até mais,


Cacau















quinta-feira, 12 de maio de 2011

O Filho do meio



Quando cheguei, ele já estava aqui. Ficava sempre me observando e tudo que eu pudesse olhar, ele logo tirava do meu alcance. Ela então perguntou: Filho, seu irmão não é bonitinho? – Ele então torceu o nariz e saiu do quarto. Ela então deixou-me só sobre a cama e foi correndo atrás dele. Ali eu fiquei sabendo a importância daquele garoto. Ele tinha um monte de coisas legais e sempre que eu pegava um brinquedo dele para brincar, ele tomava de volta. Ela dizia: - Divide com ele filho! E ele, com sua força maior, arrancava o objeto das minhas mãos. Ela então recorreu ao chefe da casa, sobre comprar algo para eu brincar também. Mas o chefe logo disse: _ Eles podem dividir e um empresta para o outro. Mal ele sabia que o garoto escondia tudo, para que eu não pudesse brincar. Quando ele se cansava de algo ou perdia alguma roupa, logo era repassado pra mim. Eu ficava tão feliz! Agora ela chegou. NOSSA! Chegou um amiguinho novo... novo também é seu berço, suas roupinhas, tem até um ursinho bem grande para ele abraçar. A vovó chegou!!!! Fui correr ao encontro dela, mas o garoto me deu uma rasteira e abraçou a vovó antes. Logo depois a vovó passou por mim e foi logo pegar o novo garotinho no colo. Sentei no degrau e fiquei imaginando... Ah se aqueles beijos fossem em minha bochecha. Aff! O dia e a noite passa...as vezes rápido, as vezes bem devagar. O primeiro garoto já está do tamanho do beiral da janela e o que chegou depois de mim ainda está no colo dela. Eu acho que estou grandinho, mas queria ser igual o garoto maior. Ele joga bola com os outros garotos e quando eu peço para jogar também ele diz que eu sou muito pequeno. Ela diz pra mim sempre obedecer ele, pois ele é maior. Pra ele sou pequeno demais, pra ela já sou bem grandinho pra brincar no berço com o garoto menor. É difícil entender! Mas acho que ela me ama. Ela ama o garoto grande e o garotinho, mas de forma diferente. O tempo que ela dedica para cada um é as vezes um montão para o garoto grande e as vezes um montão para o garotinho. Fico tão feliz quando nesse montão sobra um montinho pra mim. Ela é taõ cheirosa e tem as mãos macias. Descobri uma coisa na escola. A professora me disse que : “ Sou filho do meio”