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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que é que há? O que está se passando com a minha cabeça?





Bem...estou de volta, falta tempo! Embora não tenha postado nada ultimamente, não tenho deixado de pensar em tanta coisa que poderia estar escrevendo, pois aqui é como se fosse meu divã. Eu sento de frente para a tela e começo a desabafar e escrever. Mas olha, saibam que eu não leio nada para conferir depois de postar, senão eu acabo mudando o contexto e acho que o que vale é aquilo que sai da alma no momento em que estou escrevendo, pois estou pensando e registrando meus pensamentos.

Pois bem, ontem a noite comecei a pensar sobre tudo que vem acontecendo nesse mundo, está ficando tudo descontrolado e eu que sou de carne e osso, temo por tudo isso. O mundo está bagunçado com tudo fora do lugar, é como se fosse uma casa onde a pia está cheia de louças sujas, na sala tem sapatos e roupas espalhados pelo chão, no banheiro o lixinho está transbordando, na área de serviço o tanque está lotado de roupas sujas e no quintal os cachorros estão famintos em meio a sujeira. Essa é a minha visão de bagunça geral. E aí, nessa casa encontram-se os distintos moradores no sofá, engordando o bucho de hamburguer com cerveja em meio a fumaça dos cigarros e assistindo televisão. -Quem se habilita a arrumar essa bagunça? Ninguém responde. Os habitantes desse lugar acostumaram com toda essa bagunça, por isso acham tudo normal! - A quem discorde da situação, mas sem força de voz, pois a resposta, é que a oposição a toda essa bagunça, está errada, desatualizada, dizem que os tempos são outros e que devemos matar e depois ir ao cinema. Normal, normal, normal!!!! E assim a vida segue.

A vida de quem? Porque a de muitos seres corretos, incapazes de matar um mosquito, de jogar um papelzinho de bala na calçada, de abandonar sequer m cachorrinho na rua, de pegar a vaga dos idosos no estacionamento, de cobiçar a mulher do próximo, de furar a fila no brinquedo no parque de diversão e por aí vai... a vida desse homem de bem, desse CIDADÃO com letra maiúscula, a vida desse CIDADÃO não segue. Sabem por que? Porque ele morreu, ou vai morrer, ou vai ver alguém da família dele morrer ou sofre injustiça e ainda mais, se esse CIDADÃO com letra maiúscula de dignidade não for famoso, não tiver nome estrangeiro ou digo mais, se esse CIDADÃO não tiver com as indumentárias da última coleção do Fashion Week...Ah coitado! Ele simplesmente será mais um que morreeeeeeeeeeeeeeeeeeeu!

Agora eu e Renato Russo perguntamos: A culpa é de quem? A culpa é de quem?

Ná música ele diz: Eu canto em português errado. ( Acho que ele queria dizer que a educação básica daqui é e será sempre precária. Enquanto no sertão e nas dezenas de cidadezinhas esquecidas por aí, encontramos crianças tentando buscar algum conhecimetno estudando num chão de terra, andando léguas para aprender o que dizia a música do Luiz Gonzaga " Lá no meu sertão, pro caboclo ler, tem que aprender outro ABC", enquanto os caboclos lutam para sequer saber escrever o nome que por sinal é nome estrangeiro (Washington), o nosso país vai enviar estudantes para estudar fora. Que chique bem! Chique por demais! Quem serão os felizardos? Serão os pobres caboclos? Será que Herculano Quintanilha saberia me dizer? Diga mestre. Quem irá para a terra do tio San? Eu penso que serão os nossos amigos universitários, que não pisam em chão de terra, mas sim em chão de mármore. A idéia é, os bonitinhos felizardos pegam o aviãozinho e descem na terra prometida, lá alimentam-se de todo conhecimento e depois...depois...depois...



"Cadê você? que nunca mais apareceu aqui, que não voltou pra me fazer sorrir, que nem ligou!"


Pois é minha gente, engordamos o boi para servir de banquete em outra festa.

Ainda citando o meu pensamento com a música do meu eterno poeta Renato Russo, cito outro trecho da música : Acho que o imperfeito, não participa do passado, troco as pessoas, troco os pronomes...são tudo pequenas coisas e tudo deve passar... ( O mundo tá assim: Quem é do passado como eu, exatamente da geração X, nascida em décadas anteriores a 80, não se encaixam no imperfeito que não participa do passado, pois pessoas da minha geração e das anteriores a minha, só passavam de ano se realmente soubessem ler e escrever, eu até hoje estou aprendendo, já que a ortografia vive mudando e agora a que prevalece é a dos vlw ou :>) , nem eu e nem Jesus saberia entender esse tipo de escrita, mas por aqui entende-se que o sujeito está apto a ser aprovado e concorrer por uma vaga no prouni. - Trocar as pessoas significa: " Hoje eu fico com fulano na balada, amanhã tô com outro fulano, meu nome é André Gurgel (personagem da novela do plim plim). - São tudo pequenas coisas e tudo deve passar ( Deve passar sim, pois até uva passa. Pois tudo passa, tudo passará. E nada fica, nada ficará...).

Gente, o mundo gira sim, mas a rotação deve ser sempre pra algo novo, e o novo já entende-se por algo bom, algo melhor, melhor do que ontem, melhor do que hoje, melhor que amanhã, esperamos dias melhores e não esse circo.)A culpa é de quem? A culpa é de quem? De quem? A culpa é minha, a culpa é tua, a culpa é nossa? Eu não, nem eu, eu também...

Do governo? Da internet? Da nova geração? Eu tenho a resposta sobre a minha visão no meu mundinho. A culpa é de quem troca o lápis e caderno e escolhe o teclado, a culpa é de quem esquece o romantismo da música que dizia: Se você quer se minha namorada..., e escolhe as músicas preparadas e popozudas do funk; a culpa é de quem diz que se dar bem na vida é quando vira jogador de futebol ou quando consegue casar com um deles ou participar da fazenda ou do big brother, a culpa é da progressão continuada, a culpa é de quem disse que o ideal é vestir 38, barriga colada nas costas, bumbu melancia, peito balão de festa, boca Angelina Jolie e cabelo Pocahontas, a culpa é de quem esqueceu o carteiro e preferiu o e-mail, a culpa e de quem já não tem album de fotos guardados na caixa de sapatos e sim no computador, a culpa é de quem não ensinou o filho a pedir a benção, não ensinou palavrinhas mágicas como: com licença, por favor, obrigado, me perdoe, bom dia! A culpa é minha que não tenho mais diário guardado no criado que era mudo e agora meu diário é virtual e meu criado agora fala.


O mundo mudou e isso me assusta, pois eu sou saudosista (como eles dizem).

Quando eu era pequenina eu era assim, eu era assim: Melissa era uma sandália de plástico que passava no comercial de TV na qual tinha uma menina ruivinha que mostrava sua melissinha. Eu logo sonhava em ganhar a minha, e isso era conquistado com notas boas e bom comportamento. Hoje Melissa é sapato de grife, onde quem tem acesso nem precisa tirar notas boas e nem ter bom comportamento. Sabem aquelas sandálias que pobre usava? sim aquelas de dedo que não soltavam as tiras.Hoje tem até loja no shopping com diversas cores. E tudo isso porque algum gringo veio aqui, gostou, comprou, apareceu na praia calçando um par das maravilhosas sandálias na cor branca. E daí? daí é que pobre agora só usa imitação. Minha mãe falou que açúcar mascavo que é a tal da rapadura em pó, era açúcar de pobre, agora faz parte da alimentação saudável de rico, pois um pacote custa o olho da cara! Primeiro beijo não existe mais, namoro no portão não pode, pois o ladrão vem e rende todo mundo e faz a limpa dentro de casa. Ir a biblioteca pra fazer trabalho escolar já era. Agora a moda é copiar, colar e imprimir. Cabelo duro só na música, agora existe escova progressiva. Vinil, CD...sumiu, a onda é baixar e levar no pen drive. Prender o bandido, só se tiver flagrante, agora não paga pensão pra ver!


E o concurso de miss? a beleza era a que Deus esculpiu, hoje, o bisturi resolve isso e o que era feio ficou belo com prótese, lipo, tira uma costela aqui, outra ali, aplica um botox e um megahair e está pronto e definido o padrão de beleza que se espera das moiçolas. E tudo isso pra que? Pra viver de ilusão.


Termino meu comentário, deixando o discurso final de Charles Chaplin no filme o Grande ditador



"Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."




Até mais,


Cacau















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